segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fast-food pode aumentar risco de mal de Alzheimer, diz estudo...

O consumo de alimentos do tipo fast-food pode elevar o risco do desenvolvimento do mal de Alzheimer, sugere um estudo sueco.

Ratos de laboratório receberam uma dieta rica em gordura, açúcar e colesterol - representando o valor nutricional de lanches do tipo "fast food" - durante nove meses e desenvolveram alterações no cérebro associadas aos estágios preliminares da doença.

"Ao examinar os cérebros destes ratos, nós descobrimos uma mudança química que não é diferente da encontrada no cérebro com Alzheimer", disse Susanne Akterin, do Centro de Pesquisa do Mal de Alzheimer do Instituto Karolinska, em Estocolmo.

Os testes mostraram que os alimentos alteraram a formação de uma proteína chamada Tau, que forma nódulos no cérebro de pacientes com Alzheimer, que impedem o funcionamento normal das células, fazendo com que elas morram.

Akterin e sua equipe notaram ainda que o colesterol em alimentos reduziu os níveis de outra substância no cérebro, Arc, que é uma proteína ligada ao armazenamento de memórias.

"Nós suspeitamos que um alto consumo de gordura e colesterol, em combinação com fatores genéticos (...) podem afetar de maneira adversa várias substâncias no cérebro, que podem ser um fator que contribui para o desenvolvimento de Alzheimer", afirmou Akterin.

A pesquisadora disse que "os resultados dão alguma indicação de como o mal de Alzheimer pode ser prevenido, mas são necessárias mais pesquisas neste campo antes que se possa fazer um aconselhamento apropriado ao público".

sexta-feira, 2 de maio de 2008

quarta-feira, 23 de abril de 2008

DO_MAL.COM


Então Kyudoshin (s), andei lendo a Revista Galileu, e achei uma materia muito boa...

É incrivel como a sociedade vem sofrendo por todos os lados com a invasão do Mal. Esses nossos dias realmente nos leva a seguinte reflexão: Como é bom, termos conciência do causador deste mal no intimo das pessoas, e do mundo. Leia:

Receitas de bomba, blogs anoréxicos, fóruns racistas, manuais suicidas. Mergulhamos no lado sombrio da internet para entender por que esse conteúdo se dissemina e como as comunidades “do mal” são combatidas.

Nas últimas semanas, fui uma jovem deprimida à beira do suicídio. Também fui um pedófilo buscando pornografia infantil, uma menina ingênua assediada por homens mais velhos em chats e uma garota anoréxica procurando dicas para emagrecer. Não, leitor, não estou sofrendo de múltipla personalidade. Esses personagens fictícios me acompanharam durante uma investigação sobre o que acontece de pior nas redes de relacionamento da internet.
Ninguém nega que sites como Orkut, Myspace e Facebook, além de fóruns e listas de discussão, são ferramentas sensacionais de comunicação. Mas há quem use esses sites para aprender a construir bombas e violar mercadorias. Para disseminar intolerância e violência. Ou incentivar comportamentos perigosos como anorexia e suicídio. A facilidade para discutir em grupo coisas sombrias levanta uma questão: onde termina a liberdade de expressão e onde começa o crime? Além da lei, outra questão: o que fazer?
Escrita por Juliana Tiraboshi

Um caso:

O caso que mais chamou atenção no Brasil para o lado negro das comunidades virtuais foi o do gaúcho Vinícius Marques, que cometeu suicídio em 2006, aos 16 anos. Conversas arquivadas no serviço Google Groups mostram que Yoñlu (personalidade virtual de Vinícius) obteve orientação e incentivo da comunidade para morrer inalando monóxido de carbono. Em Ponta Grossa (PR), o jovem Thiago Arruda se matou de forma semelhante em 2007, depois que ofensas homofóbicas no Orkut extrapolaram para a vida real. Nos EUA, Megan Meier, 13 anos, se enforcou por causa de mensagens que trocava com um certo John Evans, 16 - um personagem criado pela mãe de uma ex-amiga. Em Bridgend, no País de Gales, 17 jovens se enforcaram desde janeiro de 2007. A polícia acredita haver conexões entre eles no site Bebo, um Orkut britânico.
Para tentar entender histórias como essas, entrei em uma lista de discussão cujo tema é "tirar a própria vida". Me fazendo passar por suicida, escrevi: "Decidi me matar e quero saber qual o método menos doloroso". Em pouco tempo obtive respostas. "Procure os arquivos sobre os coquetéis (...) ou (...). São os métodos mais letais e menos dolorosos para ir embora", disse um internauta. "Uma overdose de um barbitúrico de ação rápida como o (...) ou o (...) é considerada a melhor maneira pelos grupos de eutanásia", ensina outro. "Se fizer do jeito certo, o enforcamento não é tão doloroso, além de ser barato e fácil. Só precisa uma corda", disse alguém. "Explosivos não são tão difíceis de conseguir. Uns 20 litros de diesel e um pacote de fertilizante devem produzir uma explosão suficiente para te incinerar instantaneamente. Mas, para ter certeza, dobre ou triplique a quantidade", afirma o último.
Fiquei chocada com a objetividade das respostas. Ninguém se mostrou perturbado, e apenas um dos meus interlocutores perguntou qual o motivo da minha decisão. Depois, entendi que aquelas pessoas estavam habituadas a discutir métodos de suicídio e dividir experiências traumáticas, como desemprego, fins de relacionamento, abuso sexual, vício em drogas e doenças terminais. Há inclusive quem tenta dissuadir os suicidas. "Eu imploro, não escolha uma solução tão drástica. Você tem (diferentemente de mim), toda sua vida pela frente", escreveu um participante para um garoto de 18 anos que pretendia tirar a vida. "Pode soar hipócrita para alguém que planeja se matar ainda neste mês (...) Sou a favor do direito de alguém acabar com a própria vida, apenas certifique-se de que a possibilidade de felicidade realmente não existe", aconselhou.
Me fazendo passar por suicida, escrevi: "Decidi me matar e quero saber qual o método menos doloroso". Em pouco tempo obtive várias respostas
Mas, para cada pessoa que envia mensagens como essas acima, há muitas outras dando força. O que leva a essa atitude? "Quem faz isso pode estar sendo irônico, pode não levar a sério a ameaça de morte ou até estar testando teorias", diz Luciana Ruffo, psicóloga do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática da PUC de São Paulo. Também podem ser suicidas potenciais que pensam estar ajudando pessoas com o mesmo problema. "Mas com certeza são pessoas que precisam de ajuda, precisam se conhecer. Não estão adaptadas ao meio em que vivem."
"Eu acredito que para o Vinícius foi absolutamente decisivo o fato de alguém cortar essa teia que o prendia à vida", disse o psicanalista Mário Corso, terapeuta do garoto, em entrevista à revista "Época". "Ele brincava com a idéia de morrer como uma saída para as crises de angústia e desespero. Mas tinha laços fortes com a vida que podiam resgatá-lo. Sem aquele último estímulo ele não teria tido coragem para se matar, como não teve das outras vezes", afirma Corso, que só tomou a atitude de se expor por acreditar que o que aconteceu com Vinícius foi criminoso. Incentivar alguém a cometer suicídio ou prestar auxílio para que o faça é crime previsto no código penal (veja quadro "Chat e Castigo").
Megan Meier, 13 anos, que se enforcou após receber ofensas de um pretendente fictício
"Pesquisas mostram que potenciais suicidas têm muito medo de sentir dor, de não escolherem o método adequado ou executá-lo mal e sobreviverem com seqüelas graves a uma tentativa malsucedida", diz David Phillips, professor de sociologia da Universidade da Califórnia e um dos maiores pesquisadores do mundo de casos de imitação em suicídios. "Acredito que ter alguém te ensinando como fazer é um fator de risco", afirma. "Além disso, experimentos de psicologia social mostram que muitas pessoas só tomam coragem para tomar atitudes que violam normas quando vêem outras fazendo o mesmo. É como se ganhassem permissão." Esse princípio da imitação vale para todos os comportamentos "desviantes", mais evidentes na internet.
Não se trata de demonizar a rede: ela apenas facilita a conexão entre as pessoas, sejam amantes de bolo de cenoura ou suicidas potenciais. "Esses sites permitem que pessoas passando pelas mesmas experiências se encontrem mais facilmente", diz Will Reader, professor de psicologia da Universidade de Sheffield Halam, no Reino Unido. "Antes da internet era mais difícil para suicidas potenciais encontrarem uns aos outros, mais difícil ainda para indivíduos desenvolverem 'culturas suicidas' nas quais uns encorajam os outros a se matarem."

Quer ver mais click aqui

Sem mais, continuamos com nossa luta para tornar este mundo um Paraiso, ou seja um mundo digno.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Fazer faxina pode reduzir estresse, diz estudo...

Olha só a noticia publicada pela BBC!!!
Os Messiânicos, já tem experiência no campo espiritual ( Mitama Migaki ) Polimento da Alma ( Dedicando ) A ciência vem descobrindo a cada dia o que para nós Messiânicos já não é novidade a muitos anos...

Leiam:
Para dar resultado, são necessários 20 minutos seguidos de faxinaFazer faxina por apenas 20 minutos seguidos por semana pode trazer benefícios para a saúde mental, sugere um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica British Journal of Sports Medicine.
O objetivo dos pesquisadores da University College, em Londres, era estabelecer quais atividades físicas traziam mais benefícios para a saúde mental e quantificar o tempo necessário para que os exercícios tivessem impacto psicológico.
Os resultados indicam que são necessários 20 minutos seguidos de exercício – o suficiente para deixar a pessoa ofegante – para que a atividade física provoque uma "melhora no humor" e diminua o estresse.
A equipe de pesquisadores estabeleceu ainda que as atividades mais apropriadas seriam a faxina, a jardinagem, a caminhada e a prática de esportes. Resultados Para chegar aos resultados, a equipe perguntou a 20 mil pessoas quanto tempo e que tipo de exercícios praticavam semanalmente, além de questões sobre o estado de saúde mental. Dos voluntários, 16% (3,2 mil) sofriam de algum tipo de estresse ou ansiedade.
De acordo com o estudo, os praticantes de esportes reduziam os riscos de estresse em cerca de 30%, enquanto a caminhada e as atividades domésticas como faxina e jardinagem contribuem para uma redução de 20%.
"Muitos estudos sugerem o benefício da prática de exercícios na saúde mental, mas pela primeira vez conseguimos quantificar o tempo necessário para que a atividade faça diferença", disse Mark Hamer, que liderou o estudo.
"No entanto, é uma questão como a do o ovo e a galinha, já que a maioria das pessoas que sofrem de estresse ou ansiedade são menos propensas a praticar exercícios físicos", explicou.
Apesar dos resultados, a equipe afirma que o próximo passo da pesquisa será descobrir quais os mecanismos que influem na relação entre a atividade física e a saúde mental.
Segundo a ONG Sane, que trabalha com saúde mental, as razões do estresse são geralmente pouco compreendidas e em casos mais sérios, as pessoas precisam procurar ajuda profissional.
No entanto, o porta-voz da organização, Richard Colwill, afirmou que os resultados do estudo podem contribuir para uma melhora nas pessoas que sofrem de problemas de saúde mental.
"A pesquisa oferece esperança de que pequenas mudanças no estilo de vida podem contribuir para o bem-estar psicológico", disse Colwill.
"O cérebro é um órgão tão 'físico' quanto o coração ou os pulmões. Por isso, não deve ser uma surpresa que pequenas quantidades de exercícios regulares podem contribuir para uma redução nos problemas psicológicos", concluiu. Aeróbica Uma outra pesquisa publicada na mesma revista científica também trata dos benefícios do exercício físico, mas entre os mais velhos.
O estudo da Universidade de Toronto, no Canadá, sugere que fazer exercícios aeróbicos regularmente na meia-idade pode aumentar a expectativa de vida em até 12 anos e ajudar a prolongar o período de vida independente.
Segundo a pesquisa, que analisou 400 pessoas com idade entre 55 e 85 anos, a prática freqüente de exercícios aeróbicos “treina” o corpo a usar o oxigênio para gerar energia de maneira mais eficaz.
Segundo Lorna Layward, diretora de pesquisas da ONG Help the Aged, que trabalha com idosos, “nunca é tarde para começar a fazer exercícios”.
"Quando as pessoas ouvem a palavra 'aeróbico', tendem a pensar em Lycra e roupas de ginástica, mas existem vários tipos de atividades desta espécie, como dançar ou nadar, que podem fazer uma diferença enorme", disse Layward.
"Existe uma suposição de que a aposentadoria significa colocar os pés para cima e relaxar, mas gradualmente estamos observando que se manter ativo pode trazer vários tipos de benefício", concluiu.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Influenciar!!!

Amigos Kyudoshin (s)
Meishu Sama ja nos fala isso, mais um ciêntista, vem descobrindo agora hehehe
Por esses dias venho lendo o Blog de Alisson Muotri o brasileiro que estuda células-tronco nos EUA que aborda a ciência de ponta. Ele vem com umas sacadas muito legais, vejam só:

O poder de influenciar o vizinho

Sempre achei que ações individuais poderiam influenciar as pessoas ao redor, nem que seja através da projeção do seu próprio exemplo ou de seu estado de espírito. Dados recentes, usando técnicas incríveis, indicam que, numa outra esfera — a de neurônios individuais — isso realmente acontece.
O cérebro dos mamíferos sofre com um constante problema de recursos: apesar dos bilhões de neurônios no cérebro, estes não são suficiente para que cada um seja responsável por processos individuais de percepção, comportamento e memória. Para aumentar a capacidade física de estocar informação, acreditava-se que o cérebro se utilizava da sobreposição de padrões de atividade entre milhares de células que se interconectam. Explicação bem razoável.
Mas três trabalhos publicados na semana passada na Nature sugerem que esse tipo de pensamento pode subestimar a capacidade de cada neurônio no cérebro. Os novos resultados contradizem diversas correntes atuais que sugerem que milhares de neurônios são necessários para gerar uma resposta a um determinado comportamento sensorial, a uma tomada de decisões ou mesmo ao aprendizado.
Num dos trabalhos, o estímulo de um único neurônio no cérebro foi capaz de influenciar o comportamento de ratos (Houweling e colegas, Nature, 2007). Esses dados dão apoio à idéia de que apenas alguns neurônios da rede neuronal são necessários para gerar uma resposta comportamental. O desafio técnico foi grandioso: como estimular eletricamente uma única célula no meio de milhares na mesma região no córtex, sem interferir com as vizinhas, e ainda manter o animal acordado e em movimento para realizar os testes comportamentais.
No caso, o comportamento se refere a um simples condicionamento sensorial. Durante a fase de treinamento, o animal ganha uma recompensa cada vez que o neurônio é estimulado. Após esse período, ocorre o estímulo e antes mesmo de receber a recompensa, o animal já começa a salivar. Numa segunda fase, o animal só será recompensado se salivar. Ratos aprendem isso em poucos dias, de forma natural. Uma vez que eles aprenderam o teste, os experimentos começaram. Ao estimular um único neurônio, conseguiu-se induzir a salivação nos animais.
As conseqüências desse trabalho prometem chacoalhar as bases da neurociência. Os dados sugerem que o cérebro é uma máquina ultra-otimizada e que conseguimos, em situações específicas, responder a estímulos de neurônios individuais. Também sugere que o cérebro funciona sempre no máximo de sua capacidade, ou seja, para que novas informações ou memórias sejam armazenadas é preciso apagar outras.
Num outro trabalho, o estímulo foi óptico ao invés de elétrico, usando animais geneticamente modificados para que o estímulo só afetasse neurônios relacionados com o aprendizado, ganhando em especificidade da resposta (Huber e colegas, Nature, 2007). Nessa estratégia, esses neurônios produzem uma proteína de algas, que é facilmente estimulada pela luz azul e que induz a troca de íons (átomos com carga negativa ou positiva) pela membrana celular, iniciando um impulso elétrico.
Para estimular os neurônios, os ratos tiveram parte do osso do crânio substituído por um tampão de vidro, de modo que as emissões de luz azul puderam chegar aos neurônios selecionados que tinham a proteína de alga. Chegou-se à mesma conclusão: não precisamos de milhares de neurônios para executar certas tarefas, bastam alguns, ou mesmo um único neurônio.
Além disso, pode-se estudar em detalhes os contatos físicos que os neurônios estimulados faziam com seus vizinhos (Svoboda e colegas, Nature 2007). Neurônios são estruturalmente parecidos com árvores, cujos galhos vão se bifurcando e afinando conforme se afastam do tronco principal. Quando dois neurônios se comunicam, projetam pequenas protuberâncias espinhosas ou micro-verrugas nos diversos galhos que tendem a se encontrar. O espaço entre essas protuberâncias espinhosas é chamado de sinapse. Na ponta dessas verrugas ocorrem explosões químicas, liberando neurotransmissores — mensageiros químicos típicos dessas células. Quando essa explosão é forte o suficiente, atrai a protuberância do outro neurônio para si, formando conexões entre dois neurônios.
O grupo de Svoboda conseguiu estimular apenas uma dessas microprotuberâncias e descobriu que, quanto maior o estímulo, mais propensas a outros estímulos ficavam as vilosidades vizinhas, como que preparadas para absorver qualquer excesso de informação. A idéia que surgiu dessa observação é que o efeito combinatório desse fenômeno amplifica a capacidade de cada neurônio individual. Até então, esse processo nunca havia sido flagrado no cérebro.
A visão tradicional na neurociência previa que cada sinapse funcionaria de maneira independente e que cada conexão entre duas vilosidades seria responsável por armazenar memórias individualizadas. Os autores mostraram que vilosidades individuais podem estimular as suas vizinhas, indicando que a informação deva ser estocada em grupos, onde memórias relacionadas estejam reunidas em determinadas regiões no cérebro. Esse excitamento das vilosidades vizinhas pode durar até 10 minutos. Faz sentido. Precisamos de um tempo para nos ambientar, reconhecer as faces dos parentes ou a mobília nova quando entramos na festa de Natal daquela tia que não revíamos há muito tempo.
Um dos modelos propostos pelo grupo sugere que essa seria uma forma de agrupar os neurônios envolvidos na mesma rede de informação, responsáveis por um mesmo comportamento ou memórias relacionadas. Essas redes neuronais variam com a idade e a atividade cerebral, tornando-se mais fortes ou mais fracas. Essa variação de padrão das conexões seria uma forma inteligente e dinâmica de armazenamento de memória.
As novas observações contradizem a teoria das populações flutuantes, onde a resposta a um estímulo viria do conjunto de milhares de neurônios, como um coral onde todos cantam juntos a mesma melodia. Talvez isso realmente aconteça para respostas motoras, como caminhar, por exemplo. Afinal, é assim que diversos grupos conseguiram mover braços mecânicos usando informações captadas de populações neuronais. No caso de ações cognitivas, parece que o coral precisa reduzir o volume para que o solista apareça mais.
Acho que as duas idéias não são mutuamente excludentes e podem acontecer concomitantemente no cérebro. Mas gostaria mesmo de saber o que acontece quando um coral não consegue deixar o solista cantar. Pode ser que isso esteja relacionado com síndromes neurológicas, onde o processo de percepção é falho, como no caso da esquizofrenia.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Meu Deus!!!

Prezados Kyudoshin(s)
Estava lendo umas coisinhas na Net e descobrir no Blog de Alisson Muotri o brasileiro que estuda células-tronco nos EUA aborda a ciência de ponta.

Muito bom o que ele escreveu:

O gráfico acima representa a probabilidade que pessoas de uma determinada religião tem de culpar o seu próprio Deus, ou o Deus das outras religiões sobre os males do mundo. Aparentemente, a maioria dos religiosos culpa o próprio Deus pela violência, fome, doenças ou desastres naturais. Afinal, foi Deus quem quis assim. No entanto, é curioso notar que, em alguns momentos, essas mesmas pessoas podem culpar o Deus das outros, numa incrível contradição religiosa uma vez que aceita-se a existência de outros deuses.
Esses dados, e outros memoráveis exemplos de como a religião agride a razão foram apresentados no simpósio “Beyond Belief – Enlightenment 2.0”, realizado no início de novembro no Instituto Salk de pesquisas, na bela La Jolla, Califórnia. Esse evento é o segundo desse tipo e acontece anualmente, organizado pela associação “The Science Network”. Infelizmente, esses encontros acontecem propositalmente a portas fechados e não são divulgados pela mídia, com seletos grupos de filósofos, religiosos e pesquisadores. Nesse último grupo, encontramos principalmente cientistas cujas linhas de pesquisa podem auxiliar na compreensão da consciência e do conceito de “Deus”, como a neurociência, antropologia e evolução.
O primeiro encontro, no ano passado, culminou com o lançamento do polêmico livro “The God Delusion” (Deus, um delírio), de Richard Dawkins. No livro, o autor faz um ataque pesado as religiões, mostrando detalhes das perversões humanas que foram feitas em nome das diversas religiões, em geral sob o comando de Deuses tiranos, insensíveis e obcecados sexualmente. Para Dawkins, religiões e Deuses não são conceitos apenas ilógicos ou irracionais, mas potencialmente letais, basta pensar nas inúmeras guerras santas travadas no passado e no presente. No último encontro, Dawkins pintou e bordou em cima de líderes religiosos e teólogos, obviamente já acanhados de discutir religião numa “catedral” científica como o Salk.
Esse ano, a conversa focou mais nas conseqüências para a humanidade de se acreditar em um Deus ou de seguir uma vida religiosa. Como a ciência não reconheceu até hoje nenhum “fato” divino, ela enxerga “Deus” da mesma forma que “unicórnios” ou “gnomos”. Porém, pessoas que acreditam em Deus não sofrem as mesmas pressões sociais que pessoas que acreditam em gnomos. Imagina você falar em uma entrevista de emprego que você acredita em duendes ou que acha que Elvis está vivo! Você certamente perderá o emprego para alguém mais “razoável”. O mesmo não acontece quando você fala que acredita em Deus.
Idéias são julgadas a todo momento e não existe lei que proíba a divulgação de conceitos falsos ou ridículos, mas nos importamos com idéias potencialmente perigosas. Por alguma razão isso não acontece com o conceito de Deus. A grande maioria da população humana aceita o conceito divino, como se estivesse pré-programado na nossa existência.
Pensando nisso, muitos já tentaram encontrar Deus no próprio DNA. Uma variação do gene VMAT2, também conhecido como o gene-Deus, é responsável pelo processamento de neurotransmissores envolvidos com a sensibilidade emocional e que produz a sensação de “revelação divina”, “êxtase espiritual” ou outras descrições místicas. A teoria de um gene-Deus foi proposta inicialmente em 2004 pelo geneticista Dean Hamer, que caracterizou o VMAT2 em diversas famílias que relataram ter passado por experiências divinas. Infelizmente, seus estudos nunca foram publicados em revista de impacto ou replicados por outros cientistas. Outros, tentaram mapear regiões no cérebro responsáveis pela espiritualidade, o chamado cérebro espiritual ou “ponto Deus”. Mas a maioria dos trabalhos são estudos de casos isolados, faltam grupos controles ou estão baseadas numa fraca estatística.
Apesar dessas tentativas frustradas, parece lógico que a ciência pode auxiliar na interpretação de Deus. Mesmo os mais religiosos baseiam suas vidas em conceitos testados pela ciência. Afinal, todo mundo com miopia passa a usar óculos - uma descoberta experimental e não atribuída a um ser divino.
A ciência não pode negar Deus, mas acumula evidências de que se existir, ele provavelmente não rege o universo. Das diversas discussões sobre esse assunto, comento uma que me chamou a atenção. Um dos participantes propôs que as religiões e rituais sobrevivem apenas como uma estratégia evolutiva para manter a espécie humana agrupada socialmente – conseguimos ir mais longe quando trabalhamos juntos. Além disso, os humanos tem uma teoria da mente (conceito já discutido aqui previamente) mais sofisticada, que serve como um mecanismo de empatia entre semelhantes. Apesar de lógica, não existe qualquer suporte que prove que essa adaptação social das religiões foi selecionada evolutivamente. A maioria das espécies já foram extintas, independente de adaptação social. A verdade é que a evolução não está nem ai pra espécie humana. Tanto faz se estamos presente no mundo ou se seremos completamente extintos como espécie, com ou sem religião.
A discussão sobre o papel das religiões e as conseqüências de Deus na cultura humana não vai parar tão cedo. Vou terminar por aqui e lançar um desafio ao leitor, um estímulo criativo, encare como um exercício mental: como você idealizaria uma nova religião global, que não ignorasse fundamentos científicos, incorporasse toda diversidade humana e que não fosse maléfica para nós mesmos ou para o planeta? Será realmente possível?

E ai, Kyudoshin (s) o que acharam?

terça-feira, 1 de abril de 2008

O Inicio...

Ola Internauta Kyudoshin,

Vamos iniciar nossa primeira matéria, sobre Espírito de Busca...
Nada mais interessante trazer para nossa pauta o Ensinamento de Meishu Sama: Sejamos Homens do Presente. Participem comentando este Ensinamento ok?
SEJAM SEMPRE HOMENS DO PRESENTE

O homem deve progredir e elevar-se continuamente, sobretudo aqueles que possuem fé. Entretanto, quando tocamos em assuntos religiosos, as pessoas costumam julgar-nos antiquados e conservadores. Não podemos negar que essa é uma tendência dos fiéis em geral; porém, com os messiânicos, dá-se justamente o contrário, ou melhor, eles devem esforçar-se para ser o contrário.
Observemos a Natureza. Ela procura renovar-se e progredir constantemente, sem um minuto de interrupção. O número de seres humanos aumenta de ano para ano. As terras vão sendo exploradas todos os anos. Vemos maiores e melhores vias de transportes – obras cuja construção demonstra crescente arrojo arquitetônico – e maquinarias cada vez mais perfeitas. As ervas e as árvores crescem em direção ao Céu. Tudo isso mostra que nada regride.
Ora, se tudo continua evoluindo, é natural que os homens também devam evoluir continuamente, seguindo o exemplo da Natureza. Nesse sentido, eu mesmo faço esforço para elevar-me e progredir cada vez mais; este mês, mais do que no mês anterior; este ano, mais do que no ano passado.
Mas progredir somente na parte material, isto é, nos negócios, na profissão e na posição social, não passa de algo sem base, algo demasiado superficial, como uma planta sem raiz. É indispensável o progresso do espírito, isto é, a elevação da individualidade. Portanto, devemos prosseguir passo a passo, pacientemente, visando à perfeição, principalmente no que se refere à espiritualidade. Com a elevação gradual do espírito, a personalidade também florescerá e, sem dúvida alguma, essa atitude de contínuo progresso conquistará a confiança do próximo, facilitará os empreendimentos e tornará a pessoa feliz.
Os jovens da atualidade talvez encarem estas palavras como moral antiquada e já superada; entretanto, é pondo em ação tais palavras que as criaturas poderão, verdadeiramente, ficar atualizadas. Os homens que não pensam e não agem assim, desejando evoluir apenas materialmente, ficam estacionados. Não progridem nem são progressistas. Parecem-me antiquadíssimos, observados deste ponto de vista. Seus pensamentos e assuntos são sempre os mesmos, não apresentam nada de especial. Palestrar com essas pessoas não me desperta nenhum interesse, pois elas se limitam a assuntos triviais, não falando de Religião, de Política, de Filosofia e muito menos de Arte.
O ideal seria que todos os fiéis da nossa Igreja se interessassem em progredir e elevar-se cada vez mais. Como visamos a corrigir a civilização errônea e construir um mundo ideal, os messiânicos devem procurar, nesta época de transição do mundo, ser sempre homens atualizados, vivendo em sintonia com o século XXI, que se aproxima.
Eis o sentido do meu costumeiro conselho: sejam homens do presente.
11 de outubro de 1950